Me chama! Chama pra sua casa, pro seu beijo, pro tapete da sala;
Chama para as horas intermináveis de conversa, pro sofá baixinho, pra comer chocolate;
Chama pra ouvir suas histórias, pra virar a noite, a tarde de domingo chuvoso; pra virar tua vida do avesso;
Chama pra te esquentar no frio, pra ouvir passarinhos de verão, pra inventar um segundo sol no inverno;
Eu vou! Pra sentir tua pele, pra sentir teu gosto, pra te descobrir;
Eu vou porque quero juntar minha boca na tua, entrelaçar nossas mãos, te ouvir cantar numa madrugada qualquer;
Eu vou pra me jogar no teu lençol escuro, pra fazer sonho realidade, pra molhar tuas cobertas do nosso suor;
Vem! E me deixa ser teu encaixe, tua nova letra, tua melodia; teu frio na barriga;
Vem! Que eu quero me refletir nos teus olhos grandes, desenhar tua boca com os dedos, juntar meu nariz com o teu;
Vem! Que eu vou passar as mãos nos teus cabelos, acariciar tua barba, envolver tua bagunça;
Me deixa entrar! Larga esse portão escancarado, sem cadeado, a porta destrancada;
Me deixa entrar nos teus danos, nos teus planos, arruma espaço pra mim nos teus sonhos;
Me deixa arrancar tua metade, te querer inteiro, ter minha metade de volta, satisfazer teus desejos;
Me chama! Eu vou! Vem! Me deixa entrar!
Não julgue que é cedo, deixa de lado os medos, vamos ser sins no lugar dos nãos!
Mistura tua loucura na minha, contradiz minha sanidade, tô pronta pra você em mim.
Obrigada por prestigiar!)