Sobre intensificar-se..

É aquilo que faz com que o menos seja mais na maioria das situações. Quando intensificamo-nos, tudo dento de nós borbulha, entra em ebulição num curto espaço de tempo fazendo com que o que está controlado por um momento dentro, evapore sem que tenhamos tempo de segurar.
Um dia inteiro é uma vida inteira para os intensos. Nós não apenas queremos, mas queremos agora. Queremos tudo acontecendo forte, sob a nossa pele, ao alcance das nossas mãos.
Intenso é aquela voz ao pé do ouvido que pede urgência. Pede não, grita! É respiração acelerada exigindo esforços máximos. São olhares atentos aos mínimos detalhes. É não permitir que algo escape. São carícias entre as pontas dos dedos e mãos entrelaçadas segurando-se com força. São mãos que não se soltam. É viver pelo hoje. E pelo amanhã também, se ele chegar, já que os intensos não contam com isso.
Mas é necessário atenção: a intensidade faz com que sejamos tanto que muitas vezes tudo isso vai para os outros e esquecemos de intensificar-se por dentro. Para transbordar é preciso primeiro preencher-se de pequenas intensidades.
Nem todo mundo está preparado para borbulhar em fortes emoções. No meio do caminho há que se cuidar para não entregar-se demais a quem quer coisa de menos. Sim, há quem queira menos e é preciso aceitação e respeito para com estes. Deixemos que sigam suas estradas onde o tempo é de constante brisa. Façamos nós ventanias, mas tenhamos solidez interna para suportá-las e dividi-las com quem aceita de bom grado ventar fortemente conosco. Nós, os intensos, sabemos que depois de ventar sempre vem a tempestade; e depois raia o sol. Nós, os intensos, sabemos aproveitar, borbulhando, cada uma dessas fases. Vivemos -ebulindo- esperando pelo momento de arder quando o sol se abre em nós.
Depois podemos derramar-nos pura e intensamente em outro pote igualmente igualmente cheio. Os líquidos escorrerão livres e se encontrarão automaticamente chacoalhando-se no mar aberto dos sentimentos de quem pulsa, e não simplesmente bate..


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Que a gente já é, mesmo sem ser…

Que mistura é essa que dá, eu e você?

Só você não vê que a gente já é um, mesmo sem ser…

Que tem essa sintonia ligando minha janela com a tua

E toda noite faz teletransporte da nossa presença imaginada

E todo dia liga nossa alma, mesmo sem querer

Me fala do teu dia, como é que tá tudo aí?

Escuta da minha vida inteira, mesmo sem saber

Que eu guardei um monte de coisa nova só pra você

Abre a porta pra eu chegar de madrugada, inesperada

Vou te entregar meu coração e todo resto também

Deixa eu bagunçar um pouco do que você tem

Que é pra arrumar os teus dias e ser tua morada

Só você não vê que a gente já é um, mesmo sem ser…

Me beija, me olha, me cheira, se encaixa assim

Me tira do prumo, do sério, porque eu só faço te querer

Deixa eu ser correnteza derrubando teus nãos

E permita transformar em sins, sem ter que se proteger de mim

Eu venho sendo mais de uma, mais que eu

Só pra dar conta de preencher todos os teus muitos

Mas basta remontar, colocar em ordem pra ver

Que isso tudo já deu alguma coisa nossa

E que a gente já é um, mesmo sem ser…

Que a gente se come com os olhos

De perto, de longe, nos gestos, nas falas

E que, na verdade, quem precisa mesmo se proteger

Sou eu de você, dessa amizade-colorida inventada

Mas que no fim, a gente só tá pagando pra ver

Que eu já sou tua e você meu, meu bem

E que nós somos, somos sim um, mesmo sem ser…

Como é que se faz pra ter o teu amor?

Vou fugir do nó de nós que é pra você perceber

Que é pra você ter saudade e aceitar de uma vez

Porque é só olhar de outro ângulo pra ver

Que a gente já é um, mesmo sem ser

E que só você ainda não vê…


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