Que a gente já é, mesmo sem ser…

Que mistura é essa que dá, eu e você?

Só você não vê que a gente já é um, mesmo sem ser…

Que tem essa sintonia ligando minha janela com a tua

E toda noite faz teletransporte da nossa presença imaginada

E todo dia liga nossa alma, mesmo sem querer

Me fala do teu dia, como é que tá tudo aí?

Escuta da minha vida inteira, mesmo sem saber

Que eu guardei um monte de coisa nova só pra você

Abre a porta pra eu chegar de madrugada, inesperada

Vou te entregar meu coração e todo resto também

Deixa eu bagunçar um pouco do que você tem

Que é pra arrumar os teus dias e ser tua morada

Só você não vê que a gente já é um, mesmo sem ser…

Me beija, me olha, me cheira, se encaixa assim

Me tira do prumo, do sério, porque eu só faço te querer

Deixa eu ser correnteza derrubando teus nãos

E permita transformar em sins, sem ter que se proteger de mim

Eu venho sendo mais de uma, mais que eu

Só pra dar conta de preencher todos os teus muitos

Mas basta remontar, colocar em ordem pra ver

Que isso tudo já deu alguma coisa nossa

E que a gente já é um, mesmo sem ser…

Que a gente se come com os olhos

De perto, de longe, nos gestos, nas falas

E que, na verdade, quem precisa mesmo se proteger

Sou eu de você, dessa amizade-colorida inventada

Mas que no fim, a gente só tá pagando pra ver

Que eu já sou tua e você meu, meu bem

E que nós somos, somos sim um, mesmo sem ser…

Como é que se faz pra ter o teu amor?

Vou fugir do nó de nós que é pra você perceber

Que é pra você ter saudade e aceitar de uma vez

Porque é só olhar de outro ângulo pra ver

Que a gente já é um, mesmo sem ser

E que só você ainda não vê…


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Picnic

Me chama! Chama pra sua casa, pro seu beijo, pro tapete da sala;

Chama para as horas intermináveis de conversa, pro sofá baixinho, pra comer chocolate;

Chama pra ouvir suas histórias, pra virar a noite, a tarde de domingo chuvoso; pra virar tua vida do avesso;

Chama pra te esquentar no frio, pra ouvir passarinhos de verão, pra inventar um segundo sol no inverno;

Eu vou! Pra sentir tua pele, pra sentir teu gosto, pra te descobrir;

Eu vou porque quero juntar minha boca na tua, entrelaçar nossas mãos, te ouvir cantar numa madrugada qualquer;

Eu vou pra me jogar no teu lençol escuro, pra fazer sonho realidade, pra molhar tuas cobertas do nosso suor;

Vem! E me deixa ser teu encaixe, tua nova letra, tua melodia; teu frio na barriga;

Vem! Que eu quero me refletir nos teus olhos grandes, desenhar tua boca com os dedos, juntar meu nariz com o teu;

Vem! Que eu vou passar as mãos nos teus cabelos, acariciar tua barba, envolver tua bagunça;

Me deixa entrar! Larga esse portão escancarado, sem cadeado, a porta destrancada;

Me deixa entrar nos teus danos, nos teus planos, arruma espaço pra mim nos teus sonhos;

Me deixa arrancar tua metade, te querer inteiro, ter minha metade de volta, satisfazer teus desejos;

Me chama! Eu vou! Vem! Me deixa entrar!

Não julgue que é cedo, deixa de lado os medos, vamos ser sins no lugar dos nãos!

Mistura tua loucura na minha, contradiz minha sanidade, tô pronta pra você em mim.


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